A Comissão de Trabalhadores e os sindicatos da Portugal Telecom agendaram para ontem à tarde, frente à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, uma concentração de activistas sindicais e de membros da CT e sub-CTs. O objectivo foi denunciar o ataque que a administração de Henrique Granadeiro está a levar a cabo, classificado como «uma autêntica OPA» contra os direitos dos trabalhadores.
Combater o desmembramento da PT, defender o sistema de saúde da PT-ACS, os fundos de pensões e os direitos dos trabalhadores e pugnar por aumentos salariais justos são razões que levam a CT a empenhar-se nesta acção.
Com a OPA da Sonaecom «numa espécie de hibernação», a CT da PT acusa a administração de estar a efectuar um ataque de graves dimensões aos direitos dos trabalhadores. Num comunicado a divulgar esta acção, a CT informa ainda que, face aos perigos que ameaçam os direitos dos milhares de funcionários e aposentados do Grupo PT, propôs a todos os sindicatos a realização de outra concentração no dia 24, quarta-feira. Esta iniciativa deverá ligar, em cordão humano, a sede da PT Comunicações à da PT-ACS e à da PT, situadas na zona de Picoas, em Lisboa.
Por seu lado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações agendou, para dia 30, uma greve geral na PT Comunicações, por a administração ter encerrado o processo negocial, aplicando, por acto de gestão, uma actualização salarial de 1,2 por cento.
O SNTCT/CGTP-IN faz notar que, em 2005, a PTC obteve um lucro recorde, de 680 milhões de euros, e decidiu distribuir dividendos aos accionistas, no valor de mil milhões de euros. O aumento agora imposto equivale a apenas 0,15 por cento desse valor.